Repulsa

 

A repulsa envolve livrarmo-nos ou afastarmo-nos de um objecto contaminado, deteriorado ou estragado. Esse objecto depende muito do desenvolvimento do sujeito e da sua cultura.

Na infância a repulsa começa por se fazer sentir relativamente a determinados sabores e vai-se expandindo para repulsas de causa psicológica face a qualquer objecto considerado ofensivo. Em adulto a repulsa revela-se no encontro com qualquer objecto que seja considerado de alguma forma como contaminado.

  •  Contaminação física (pouca higiene, feridos, mortos);
  •  Contaminação interpessoal (contacto físico com pessoas indesejáveis);
  • Contaminação moral (abuso infantil, incesto, infidelidade).

 

 A aprendizagem cultural determina em muito o que o adulto considera como uma contaminação física, interpessoal ou moral, embora uma grande parte das avaliações sejam coincidentes. Através da função da repulsa, rejeição, o sujeito evita activamente e afasta-se de alguns aspectos do seu contexto físico e psicológico.

Como a repulsa é fenomenologicamente aversiva, desempenha paradoxalmente um papel motivacional positivo nas nossas vidas. O desejo de evitarmos objectos repulsivos motiva-nos a aprender os comportamentos adaptativos de forma a evitar esta emoção.

Como as pessoas desejam evitar colocar-se em situações repulsivas alteram hábitos e atributos pessoais, “higienizam” os seus contextos e reforçam os seus pensamentos e valores.